A reunião marcada para hoje da CPI dos Bingos foi cancelada por causa da ausência do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido convocado para depor, mas não apareceu com o argumento de que está com problemas de saúde. Em entrevista concedida depois de suspender a reunião, o presidente da CPI, Efraim Morais (PFL-PB), anunciou que vai dar uma terceira chance para que Teixeira compareça à CPI e que, se ele não vier, a comissão vai pedir ajuda à Polícia Federal para que ele venha prestar depoimento.
O senador disse que vai conversar ainda com os advogados de Teixeira para dar a ele uma terceira oportunidade de comparecer. Teixeira é apontado pelo economista Paulo de Tarso Venceslau como o defensor no PT da consultoria tributária CPEM, que trabalhou para prefeituras petistas no interior de São Paulo.
- Ele está trabalhando normalmente e no nosso entendimento tem condições de depor - afirmou o senador.
O pefelista disse não compreender as dificuldades da CPI todas as vezes que o assunto envolve Teixeira ou o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, também amigo do presidente Lula. Efraim anunciou ainda que vai tentar um acordo para encerrar os trabalhos da CPI até o fim de maio. Para isso, explicou, vai tentar um acordo para votar os requerimentos mais importantes que estão pendentes. Ele citou como exemplo o novo pedido para a quebra do sigilo de Okamotto e o que pede a convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Jorge Mattoso.
- Todos os lados terão de ceder. Os dois lados têm que saber que alguns requerimentos não serão votados - disse.
Efraim informou ainda que a CPI deve ouvir entre os dias 13 e 20 de maio o comendador Arcanjo, que está preso no Mato Grosso. Ele explicou que já foram feitos contatos com a Polícia Federal neste sentido e que o depoimento poderá ocorrer em Brasília ou em Cuiabá.
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