A CPI dos Correios deve decidir nesta quarta-feira, em reunião administrativa marcada para as 10h, se pede ou não a prisão preventiva do empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do "mensalão". Segundo o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), a medida será analisada cuidadosamente pela área jurídica da CPI para evitar que a Justiça termine anulando a decisão dos parlamentares.
Os integrantes da comissão também deverão discutir requerimento de convocação do ex-ministro José Dirceu, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o chefe do esquema do "mensalão". Para o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), o ideal é que Dirceu seja ouvido antes pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.
Documentos bancáriosAinda para esta quarta, está prevista a chegada para a CPI de documentos sobre a contabilidade das empresas de Marcos Valério. Atualmente de posse do Supremo Tribunal Federal, os papéis trazem a lista dos parlamentares que teriam recebido o "mensalão".
- Estão ali a identidade e a assinatura dos beneficiados, afirma Osmar Serraglio.
Em busca de mais provas, integrantes da comissão também se reunirão, em horário ainda a ser marcado, com diretores do Banco Rural. Eles querem definir procedimentos para o acesso à movimentação bancária dos envolvidos no "mensalão", já que o banco tem enviado dados incompletos ao Congresso.
- Mais R$ 11,8 milhões aparecem em movimentações do Banco Rural, diz tucano
- Deputado diz que Renilda vai responder por crime
- Dirceu sabia de empréstimos e nega participação em empresas de Valério
- Com Renilda abalada, Delcidio encerra sessão da CPI
- "Marcos Valério não conhece Lula", afirma esposa do empresário
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode