A CPI dos Correios poderá acionar o Supremo Tribunal Federal para garantir acesso aos dados da Conta Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça, e às contas que a abasteceram. Essa foi uma das alternativas citadas por assessores da CPI depois do adiamento da viagem de integrantes da comissão para os Estados Unidos, que estava prevista para terça-feira.
Como não foram agendadas as audiências solicitadas ao Departamento de Justiça em Washington e à Promotoria Distrital de Nova York, a viagem precisou ser adiada. Iriam aos Estados Unidos o presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MT), o sub-relator de Fontes Financeiras, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e um representante do Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça.
De acordo com a assessoria da CPI, se as dificuldades para as audiências e os encontros com as autoridades americanas não forem contornadas, Delcidio vai buscar outros caminhos legais para ter acesso às informações consideradas necessárias à compreensão da função desempenhada pela conta Dusseldorf no financiamento de campanhas políticas no país.
Em nota oficial divulgada na terça-feira, Delcidio explicou que os pedidos de audiência foram formalizados no final de agosto diretamente pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, de acordo com os termos de acordo bilateral firmado entre Brasil e Estados Unidos. Ele informou ainda que a CPI e o Ministério da Justiça pediram apoio do Itamaraty para que as agendas sejam confirmadas.