A CPI do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira (14) a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico dos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, desde 2002. Os dois governadores já haviam autorizado a abertura de seus sigilos. Na quarta-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a abertura de inquéritos no Superior Tribunal Federal para investigar o tucano e o petista.
Na terça-feira, em depoimento à CPI, o governador de Goiás havia se recusado a abrir os sigilos, alegando que era testemunha e não havia necessidade. No dia seguinte, após Agnelo Queiroz autorizar a quebra de seus sigilos, Marconi voltou atrás e também autorizou o acesso a seus dados fiscais, bancários e telefônicos. Mesmo com a decisão dos dois governadores, a comissão precisa votar os requerimentos para formalizar a abertura dos sigilos.
Os parlamentares também podem votar requerimentos para novos depoimentos. Entre eles, estão os pedidos de convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish.
No caso de Pagot, há nove requerimentos que pedem seu depoimento na CPI. Ele já manifestou desejo de depor. O Dnit é um dos órgãos do governo federal com o maior volume de contratos com a empresa Delta, apontada pela PF como um dos braços do esquema de corrupção de Cachoeira.
Ao todo, há 194 requerimentos aguardando votação. Na semana passada, deputados e senadores pressionaram para que parte desses requerimentos fosse votada, mas os pedidos acabaram não sendo analisados por decisão do presidente interino da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o que gerou protestos de parte dos integrantes.
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