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Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara Federal | José Cruz/ABr
Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara Federal| Foto: José Cruz/ABr
  • Mara Lima, deputada estadual
  • Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara Federal

O líder do PSDB na Câmara Federal, Duarte Nogueira (SP, foto), afirmou que o partido pode tentar recolher assinaturas para instalar uma CPI na Casa para investigar irregularidades no Ministério dos Transportes. Para Nogueira, o fato de pelo menos 16 pessoas já terem sido exoneradas ou afastadas e o volume de denúncias que são reveladas em contratos da pasta podem facilitar as adesões dos deputados. "Nos últimos dias, o próprio governo já reconheceu que há irregularidades na pasta. E se a base governista entendeu a mensagem vinda do Planalto, não irá se opor à instalação de uma CPI para que as fatos sejam esclarecidos", afirmou o tucano. O líder tucano no Senado, Alvaro Dias, afirmou que já reuniu 23 das 27 assinaturas necessárias para instalar a comissão na Casa.

Conversa afiada

Cantora Mara Lima, deputada estadual (PSDB)

Qual dos seus projetos a senhora destaca como o mais importante?

Nós apresentamos um projeto para que todos os informativos do governo do estado apresentem trechos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Acho isso muito importante para termos um cuidado maior com as crianças no Paraná. [O projeto foi vetado pelo governo]

Hoje discute-se muito os limites da influência da igreja em um estado laico. Como evangélica, qual sua posição sobre esse assunto?

A igreja tem que ser olhada por um viés menos religioso e mais social. O lado social não é nada laico, ela é uma assistente social parceira do governo do estado em casas de recuperação de drogadição, em casas e lares para idosos abandonados, órfãos, crianças com aids... A religião e o evangelismo são muito importantes, mas o que eu trago para essa casa de leis é a igreja como uma parceira fiel e quase sem custos ao governo do estado.

Caso do pedágio

O ex-governador Jaime Lerner conseguiu na Justiça a prescrição de uma condenação no caso do pedágio. Lerner havia sido condenado por ter permitido a implantação de uma praça de pedágio extra entre a Lapa e Araucária sem realizar licitação para escolher a concessionária. O trecho foi entregue à Caminhos do Paraná, que já atuava em outras estradas da região. Lerner foi condenado a três anos e seis meses de detenção, mas a pena já havia sido trocada por prestação de serviços à comunidade.

Nulidade da Dallas

O Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre, deve decidir no próximo mês se a Operação Dallas da Polícia Federal tem validade ou não. O advogado Juliano Breda, que representa Anderson e Fabricio Slavieiro Fumagalli – investigados pela PF –, ingressou com um pedido de habeas corpus no qual questiona a competência da Justiça de Paranaguá. "Os crimes são de competência das varas especializadas de Curitiba e faltou fundamentação [jurídica do juiz de Paranaguá] para autorizar as interceptações telefônicas", afirma. A Operação Dallas investiga desvio de grãos e fraude em licitações nos portos paranaenses.

Para pensar...

"A proposta contempla os princípios da isonomia e da razoabilidade, pois não é plausível que apenas determinado segmento dos quadros estatais tenha a Ficha Limpa como requisito para ingresso em suas atividades laborais."

Walter Tosta, deputado federal (PMN-MG), defendendo o projeto que estende para o funcionalismo público federal alguns princípios previstos na Lei da Ficha Limpa.

Fundo de pensão

A presidente Dilma Rousseff autorizou o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, a retomar as discussões com o Congresso sobre o projeto que cria o fundo de pensão do funcionalismo, a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal. O texto foi encaminhado em 2007 pelo ex-presidente Lula e acabou engavetado pela própria base aliada. O motivo: estabelecia como limite para a aposentadoria dos servidores públicos o teto do INSS.

Pinga-fogo

"O PR é um bom aliado, de longa data. Não será um ajuste administrativo que criará rompimento."

Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara Federal, negando que há crise à vista com o PR nem risco à governabilidade.

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