O sub-relator de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), vai apresentar requerimento nesta terça-feira para ampliar o pedido de quebra de sigilo de 14 fundos e 30 corretoras. A CPI havia quebrado o sigilo de 10 fundos e 11 corretoras, mas eles se restringiam às operações com os bancos BMG e Rural. Entraram na lista do relator os fundos Nucleos, da Nuclebrás, Refer, da Rede Ferroviária Nacional, Sistel, dos servidores da Telebrás, e Prece, dos funcionários da Sedae.
O deputado quer analisar as operações dessas entidades com títulos em custódia no Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic), na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). O requerimento inclui ainda as operações com títulos de renda variável negociados em bolsa de valores e mercado de balcão; com derivativos negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros e mercado de balcão. Também integram o pedido "operações dessas entidades com os documentos referentes à aquisição, venda e investimento em imóveis, serviços terceirizados e de consultoria, bem como de seus respectivos fundos de investimento exclusivos".
A CPI suspeita que foi nos 150 fundos exclusivos onde circulou maior volume de dinheiro e onde houve atuação mais política sobre a aplicação dos recursos. A comissão trabalha em quatro frentes em relação aos fundos e corretoras. Primeiro, para definir as operações que deram prejuízo às fundações. Segundo, na análise das informações obtidas em órgãos reguladores, como Banco Central e CVM, de corretoras que podem ter agido irregularmente.
Outra vertente são as ramificações das coretoras Bonus Banval e Guaranhuns, usadas pelo empresário Marcos Valério Fernandes para repassar dinheiro para o PT e para o PL. A quarta linha da apuração se concentra no operador de mercado Haroldo de Almeida Rego, conhecido como Pororoca, suspeito de envolvimento em irregularidades com os fundos de pensão.
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