A partir das novas descobertas da CPI dos Correios, o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) e o sub-relator Eduardo Paes (PSDB-RJ) estão dispostos a convocar todos os envolvidos na operação da empresa de cartões Visanet, que teria favorecido a agência de publicidade DNA, de Marcos Valério de Souza. A começar por Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, e os três outros funcionários do BB que assinaram a nota técnica permitindo o pagamento antecipado dos contratos da agência, assim como de Leo Batista dos Santos, que era chefe de divisão do banco que autorizou a liberação dos recursos.
Serraglio admitiu também que a CPI pretende investigar o envolvimento da Secretaria de Comunicação e do ex-ministro Luiz Gushiken.
- Até agora já identificamos uma série de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, prevaricação. Estamos dispostos a sugerir a punição civil, criminal e administrativa de todos os envolvidos - antecipou o relator.
Detentor de 32% do capital da Visanet, o BB tem direito a controlar um percentual equivalente dos recursos de publicidade da empresa. Até 2002, dividia essa verba entre as três agências de publicidade que atendiam o banco. A partir de 2003, quando Pizzolato foi nomeado diretor de marketing, a conta da Visanet foi entregue à DNA. No mesmo ano, o banco divulgou uma nota técnica autorizando o pagamento antecipado dos serviços que a DNA prestaria ao longo do ano. A agência recebeu em 2003 R$ 29.754.331,43 e no ano seguinte R$ 44.097.024,75.
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