Dataprom rebate acusações
O presidente da empresa Dataprom, que presta serviço de bilhetagem eletrônica para o transporte coletivo de Curitiba, rebate as acusações levantadas nas últimas reuniões da CPI da Urbs. Alberto Abujamra afirma que a Dataprom pode cobrar o dobro que a última empresa a fazer manutenção dos softwares da bilhetagem porque "faz bem o serviço". Ele comenta que os valores cobrados não são tão altos quanto o que dizem os vereadores e diz que a prefeitura poderia lançar uma licitação para contratar outra empresa para fazer o serviço, mas que dificilmente haveriam concorrentes.
A CPI da Urbs, que funciona da Câmara de Curitiba, vai propor que seja feita uma licitação para contratar uma empresa de bilhetagem eletrônica para o transporte coletivo de Curitiba e região. Atualmente, quem presta o serviço é a Dataprom, que é contratada pelo Instituto Curitiba de Informática (ICI) sem licitação. O valor cobrado mensalmente pela Dataprom é cerca de R$ 500 mil maior que o da empresa que prestava o serviço antes, segundo o presidente da CPI, vereador Jorge Bernardi (PDT).
"O contrato [com a Dataprom] acaba em agosto, e a CPI é unânime em afirmar que não deve ser renovado. O custo é muito alto e não tem transparência suficiente", afirma Bruno Pessuti (PSC), relator da comissão. Ele declara, ainda, que a CPI vai investigar o contrato da empresa e o serviço prestado por ela. Pessuti reitera que a proximidade do fim do contrato não vai interferir no trabalho de investigação.
Dados apresentados pelo vereador, e discutidos na sessão desta sexta, apontam que a Dataprom cobraria quase três vezes mais que o valor de mercado da bilhetagem eletrônica - que é de cerca de R$ 70 mensais por ônibus. A Dataprom cobraria R$ 200 por mês por ônibus, segundo o parlamentar. "A licitação tem que ser feita, nem que seja necessário trocar todo o sistema de bilhetagem de Curitiba", enfatiza o vereador.
Próximas reuniões
Nos próximos encontros da CPI, técnicos da Urbs e da Setransp devem ser convocados pela quarta vez. Na próxima quinta-feira (1º de agosto), um representante da Urbs será chamado para explicar a composição da planilha. Isso significa detalhar todos os custos do sistema e a relação que eles têm com o valor cobrado pelas empresas do transporte coletivo.
Originalmente, a sessão da última quinta (25) tinha esse objetivo, mas a pauta houve uma mudança de foco devido a denúncias apresentadas por uma deputada de Brasília, que afirmou que um escritório de advocacia do Paraná poderia estar beneficiando de forma ilícita algumas empresas a vencerem editais de licitação. O assunto será investigado pela CPI, afirma o relator. Ele comenta também que vai conversar com os outros membros para ver a possibilidade de a comissão se reunir mais vezes por semana. As sessões geralmente são as quintas-feiras.
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