Sem nenhum depoimento previsto para a esta terça-feira, a CPI dos Correios deve votar uma série de requerimentos polêmicos que prevêem desde a convocação do ex-ministro José Dirceu até a proposta de quebra de sigilo das aplicações financeiras dos fundos de pensão de todas as estatais. Segundo o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), também devem entrar na pauta os pedidos de convocação do ex-secretário de Comunicação do Governo Luiz Gushiken, do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, dos diretores do Banco Rural e BMG, e do assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu.
Por sugestão de Serraglio, o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) deverá restringir o seu pedido inicial de quebra do sigilo das aplicação financeiras dos fundos de pensão apenas aos investimentos feitos no Banco Rural e BMG. A suspeita é de que essas duas instituições financeiras não tenham concedido empréstimos ao empresário Marcos Valério de Souza, mas pago comissões pela intermediação da compra de CDBs pelos fundos de pensão de estatais.
- Não queremos instabilizar nada economicamente. Ninguém quer implodir bancos, fundos de pensão ou qualquer instituição - ponderou Serraglio.
- Querem que a gente restrinja o pedido apenas aos BMG e ao Banco Rural. Eu não aceito. Estou solicitando o relatório sobre todas as aplicações financeiras e não adianta dizer que isso representa um risco. Mas há indícios relevantes de que empréstimos concedidos ao empresário Marcos Valério representavam comissões pagas pelos bancos - rebateu a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL), também autora de requerimento que solicita a quebra do sigilo dos fundos de pensão.
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