A CPI dos Correios deve votar nas próximas semanas o requerimento de quebra de sigilo de 13 empresas e seis pessoas físicas que teriam envolvimento com denúncias de desvio de verbas e corrupção na Copel em 2002. As informações são da Gazeta do Povo.

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O requerimento foi apresentado na terça-feira por dois parlamentares não paranaenses, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e o deputado Carlos Abicalil (PT-MT). Nos bastidores, o pedido de quebra de sigilo é visto como um capítulo regional da batalha travada entre o bloco PFL-PSDB e os aliados do governo pelo controle das CPIs da crise – Correios, Mensalão e Bingos.

No foco da disputa, dois episódios envolvendo a Copel em gestões distintas. O caso Copel Olvepar e Adifea em 2002, último ano do governo de Jaime Lerner (à época no PFL) e a contratação, por dois anos seguidos, da seguradora Interbrazil, no governo Roberto Requião (PMDB).

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No requerimento apresentado na terça-feira, constam os nomes do atual presidente do Tribunal de Contas (TC), Heinz Herwig; do ex-secretário de governo de Jaime Lerner, José Cid Campêlo Filho; do ex-presidente da Copel, Ingo Hubert; do ex-assessor do ex-governador Jaime Lerner, Guaraci Andrade; do deputado estadual Durval do Amaral (PFL) e do proprietário da empresa Embrascom, Maurício Roberto Silva.

Campelo, Hubert, Durval e o empresário Maurício Roberto Silva já respondem a dois processos movidos pelo Ministério Público do Paraná nos casos da Olvepar e da Adifea.

Em depoimento à CPI no dia 17 de outubro, o doleiro Alberto Youssef teria dado detalhes de transações feitas por ele com Herwig, Ingo e os quatro investigados pelo MP com os R$ 39,6 milhões das operações da Olvepar e R$ 18,8 milhões das operações da Adifea. "Essas pessoas foram citadas nominalmente pelo Youssef", diz o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).

O autor do requerimento, no entanto, tem outra explicação para a convocação. "Vamos ter informações de dirigentes e ex-dirigentes na Copel que foram citados pelo presidente da seguradora Interbrazil, André Marques. Essa seguradora fez contratos de risco, ao que parece, com a Companhia Energética de Goiás e do Paraná", diz Abicalil.

Os contratos da Interbrazil com a Copel, no entanto, foram firmados entre 2003 e 2004, quando nenhum dos citados ocupava cargos no governo estadual. A Interbrazil é a seguradora acusada de financiar campanhas políticas em troca de informações privilegiadas para ganhar licitações.

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Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo