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Uma das principais empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, que investiga fraudes em contratos da Petrobras e o pagamento de propina a agentes públicos e políticos, o grupo OAS anunciou ontem que seus credores aprovaram o plano de recuperação apresentado à Justiça. A companhia disse que a decisão ocorreu “após um longo e complexo processo de negociação de uma das maiores reestruturações de dívida do país”. A aprovação ocorreu em assembleia, que começou na noite de quinta-feira e avançou na madrugada de sexta.

Tribunal julgou 300 recursos da Lava Jato em 2015

Em um ano, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, os três desembargadores federais que integram a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgaram cerca de 300 recursos de investigados na Operação Lava Jato.

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“A decisão garante a continuidade das operações da construtora OAS e das demais empresas do grupo, a manutenção de cerca de 100 mil empregos (diretos e indiretos) e o pagamento de credores e fornecedores”, disse a empresa na nota.

Os credores aprovaram a reestruturação da dívida, que deverá ser paga entre seis e 25 anos, segundo cada categoria de credor. A empresa confirmou também que a empresa canadense de gestão de ativos Brookfield manteve a proposta de comprar participação da OAS na Invepar (24,4%), que, entre outros ativos, tem a concessão do aeroporto de Guarulhos, por R$ 1,35 bilhão.

O grupo OAS entrou com pedido de recuperação judicial no dia 31 de março na 1ª Vara de Falências de São Paulo para nove de suas empresas à . O pedido foi aceito em 1º de abril.

PRESIDENTES PRESOS

Em pouco mais de um ano, a OAS teve dois presidentes presos acusados de pagamento de propina. Em novembro de 2014, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, foi preso na Operação Lava-Jato acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em agosto deste ano, a Justiça condenou Pinheiro a 16 anos e quatro meses de prisão por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Além dele, outros quatro executivos foram condenados.

No último dia 11, Elmar Varjão, que sucedeu Pinheiro à frente do grupo, foi preso na Operação Vidas Secas, que investiga desvio de R$ 200 milhões nas obras de transposição do Rio São Francisco.

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