O consumo de drogas no Brasil vem crescendo nos últimos anos, segundo informa o relatório anual do Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC), divulgado nesta terça-feira. De acordo com o levantamento, a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7%, em 2005, chegando a 860 mil usuários entre 15 e 64 anos. O relatório mostra ainda que as regiões Sul e Sudeste são as mais afetadas. O Norte e o Nordeste apresentam consumo mais moderado.
"Há registros de aumento de atividades de gangues traficantes de cocaína nos estados da região Sudeste e aumento da exploração do Brasil por grupos do crime organizado internacional. O país é utilizado como importante ponto para o tráfico de droga vinda da Colômbia, Bolívia e Peru, destinada à Europa, com freqüência via África", explica o levantamento.
Segundo a pesquisa, o Brasil aparece entre os países mais citados na rota da cocaína que sai da América do Sul para a Europa via África.
"Autoridades na Guiné estimam que cerca de 60% da cocaína que chega ao país vêm do Brasil e 40% vêm direto da Colômbia", acrescenta o texto.
O relatório mostra que o consumo de maconha também aumentou no país. Subiu de 1%, em 2001, para 2,6% no ano de 2005. Segundo o estudo, 3% das apreensões mundiais de maconha neste ano foram registradas no Brasil. A pesquisa revela ainda que, embora o Brasil não seja um importante produtor de maconha, o país está longe de ser "auto-suficiente".
"Por isso, grandes volumes de maconha são traficados do Paraguai para o Brasil", explica o levantamento.
De acordo com o relatório, o Brasil é o maior mercado de opiáceos - substâncias derivadas do ópio - na América do Sul. São 600 mil usuários, o equivalente a 0.5% da população geral entre 12 e 65 anos.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura