O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse nesta quarta-feira que o crescimento dos partidos da base aliada nas últimas eleições não pode ser um critério para ampliar a participação dessas siglas no governo da presidente eleita Dilma Rousseff.
"Como todos os partidos da base aliada cresceram, quem diluiu foi a oposição, você não pode a princípio estabelecer que isso seja um critério para ampliar também a participação no governo", disse Dutra a jornalistas.
Segundo ele, acompanhar no governo a ampliação dos partidos nas urnas, "significaria ampliar os cargos de governo para atender ao conjunto de partidos". "E essa não é a intenção", afirmou.
O dirigente do PT afirmou ainda que todos os partidos da base aliada com quem conversou têm a intenção de manter as posições que ocupam atualmente no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, eventualmente, ampliá-las.
Segundo Dutra, no entanto, "os espaços são finitos".
O dirigente petista encerrou nesta quarta-feira uma rodada de reuniões com todos os partidos aliados do governo, incluindo o PP que não esteve formalmente coligado com Dilma nas eleições.
Além dos progressistas, ele conversou também com PMDB, PSB, PCdoB, PDT, PR, PTC, PRB, PSC e PTN.
Apesar de o PTB ter participado da coligação que apoiou o candidato derrotado José Serra (PSDB), Dutra disse que a bancada da legenda na Câmara e no Senado faz parte da base do governo Lula e que vai conversar nos próximos dias com lideranças dos partidos no Congresso.
Dutra fará um relatório sobre as conversas que teve com os partidos aliados e o apresentará a Dilma, provavelmente, no próximo sábado, quando a presidente eleita chegará da viagem à Coreia do Sul onde participa da reunião do G20 sobre temas econômicos globais.
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