• Carregando...

A polícia está à procura de dois assaltantes que roubaram um carro e arrastaram uma criança de 6 anos, presa ao cinto de segurança, por cerca de 4 quilômetros, de Oswaldo Cruz a Cascadura. O crime ocorreu durante um assalto na madrugada. A mãe, uma amiga e uma adolescente de 13 anos conseguiram escapar, mas o garoto ficou preso ao cinto quando os assaltantes arrancaram com o carro. Na manhã desta quinta-feira, o corpo do garoto ainda estava no Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Marechal Hermes.

Nesta quinta, o governador Sérgio Cabral disse estar chocado com a morte do menino. Segundo a rádio CBN, Cabral se solidarizou com a família que, nas suas palavras, "perdeu barbaramente a criança". O governador disse ainda que tem trabalhado para aumentar o policiamento, mas não deu um prazo para que isso aconteça.

O assalto aconteceu na Avenida João Vicente, em Oswaldo Cruz. A mãe do menino João Hélio Fernandes foi rendida ao volante o Corsa Sedan, placa KUN 6481. Ela estava com uma amiga e uma adolescente de 13 anos, que conseguiram sair do carro. Preso ao cinto de segurança, a criança não conseguiu sair. Os bandidos arrancaram com o veículo em alta velocidade, com o menino pendurado. Motoristas e um motoqueiro que passavam no momento, sinalizaram com os faróis. Os marginais ignoraram e continuaram a fuga arrastando o corpo pelo asfalto.

A falta de policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) facilitou a fuga. Eles passaram pelas ruas dos bairros de Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura. Eles passaram em frente a um quartel do Corpo de Bombeiros, ao Fórum e um quartel do Exército. Durante todo o trajeto foram seguidos por um motoqueiro. Nos quatro quilômetros percorridos não havia sequer uma patrulha do Batalhão de Rocha Miranda. Os criminosos passaram em frente a dois bares, um na esquina das ruas Cândido Bastos e Silva Gomes e outro na Rua Barbosa com Florentina. As pessoas que ali estavam apavoradas com a cena começaram a gritar.

O advogado Diógenes Alexandre, de 24 anos, disse que a princípio pensou que fosse um boneco, mas viu o sangue na lataria do carro. Ele e dois amigos seguiram o carro. Ao passarem pelos quebra-molas o carro saltava e o corpo batia no chão.

- O barulho parecia ser de um papelão sendo arrastado.

Demonstrando serem conhecedores da área, os assaltantes abandonaram o carro no final da Rua Caiari, próximo à escadaria que dá acesso à Praça Três Lagoas. Certos que não seriam presos, estacionaram e trancaram o carro antes da fuga. Eles, segundo testemunhas, desceram as escadas calmamente. Diógenes disse que ao se aproximar do carro teve certeza que era o corpo de uma criança. Pelo celular avisou à polícia. Pouco depois a rua foi tomada por policiais.

O motoqueiro que seguiu o carro desde o momento do roubo, levou os policiais até a rua Cerqueira Daltro, próximo a um supermercado. Alí estava parte da cabeça da vítima e massa encefálica, que foi recolhida e colocada num saco plástico.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]