A polícia investiga a ação do crime organizado nas cooperativas de microônibus na capital paulista. Chefes do crime organizado são donos e usam 'laranjas' para controlar cooperativas e cobram 'pedágio' de motoristas. Há dois anos, o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) investiga denúncia de que parte do dinheiro arrecadado pelas cooperativas vai para o crime organizado.
- Isso existe, as cooperativas têm uma renda bastante alta. É só falar que é da facção e o pessoal cede - confirma um motorista, que não quis se identificar.
São Paulo tem atualmente nove cooperativas de microônibus, com 5.500 veículos. Nem sempre eles respeitam as regras de trânsito e muitos andam superlotados
- Se o ônibus andar você tem que andar mais que ele. Tem que deixar ele sempre no farol. Se tiver que passar no farol vermelho, dá uma olhadinha. Passa, tem que ir embora, tem que deixar
Em gravação mostrada pelo SPTV, o motorista afirma que alguns veículos são comprados pelo crime organizado e colocados no nome de outras pessoas. Segundo ele, semanalmente vai uma pessoa no terminal cobrar 'diária' paga ao crime organizado, que chega a R$ 40.
O Sindilotação, sindicato que representa os motoristas de microônibus, diz que alguns perueiros já denunciaram a cobrança de pedágio por parte dos criminosos. A orientação é que quem for abordado deve registrar queixa na polícia.
A Secretaria da Segurança Pública informou que já investiga a denúncia de envolvimento do crime organizado com o sistema de transporte da periferia. Nos ataques da semana passada, foram incendiados mais de 80 ônibus.
O diretor operacional da SPTrans, Stanislav Feriancic, disse que a Prefeitura não tem nada a ver com o problema policial e o crime organizado, mas deve fiscalizar as infrações como superlotação e excesso de velocidade.
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