Uma nova onda de ataques criminosos atingiu São Paulo nesta madrugada. Pelo menos oito ações já foram confirmadas. Uma granada foi atirada na sede do Ministério Público, no centro da capital. A porta e a recepção ficaram destruídas. Um táxi que deixava um passageiro na frente do prédio também foi atingido. O motorista e o passageiro não ficaram feridos. A rua permanece interditada e o comércio, fechado. Um representante do MP paulista esteve no prédio e disse que não há condições de segurança para expediente normal no prédio.
A porta do prédio da Secretaria da Fazenda também foi destruída por uma granada. Na zona norte, cinco viaturas policiais que estavam num próximo ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) foram incendiadas. Os carros e parte da estrutura do estacionamento ficaram totalmente destruuídos. Na Avenida Zaki Narchi, onde fica o Deic, a polícia fez um bloqueio e o tráfego de veículos foi interrompido.
Alvos civis também foram atacados. Pelo menos sete agências bancárias foram atingidas por tiros ou incendiadas: uma em Santana, na zona norte; três na zona sul, uma na região da Vila Mariana e mais duas na zona leste. Homens usaram um carro para invadir uma agência do Unibanco, na zona leste, e, em seguida, incendiaram os caixas eletrônicos.
No Capão Redondo, na zona sul, uma base da Guarda Municipal foi atingida por tiros disparados por homens que estavam dentro de um carro.
Um caminhão dentro de um posto de gasolina, também foi incendiado na Marginal Tietê, que chegou a ficar uma hora interditada no sentido Rodovia Castello Branco. Durante uma perseguição com a polícia, um dos bandidos foi baleado. Outro ataque contra posto de combustíveis ocorreu em Higienópolis, bairro nobre da cidade.
Duas cooperativas de vans pararam de funcionar nesta manhã, porque tiveram alguns veículos atacados, mas o sistema de transporte de massa funciona normalmente. No ABC paulista, 10 ônibus foram incendiados - sete em Mauá e três em Santo André.