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Ricardo Lewandowski, ministro do STF | Nélson Jr./STF
Ricardo Lewandowski, ministro do STF| Foto: Nélson Jr./STF

O Ministério Público de São Paulo sustentará hoje a tese de crime político no julgamento de cinco acusados de matar o prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), assassinado com oito tiros em janeiro de 2002. Escolhido para coordenar a campanha do ex-presidente Lula, Celso Daniel foi encontrado morto numa estrada de terra em Juquitiba (a 72 km de São Paulo), após dois dias de sequestro. A Promotoria sustenta que o grupo que será julgado sequestrou e matou o prefeito a mando do ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, que responde em liberdade e até hoje não foi a julgamento. A tese da Promotoria é que Daniel foi morto porque discordou que parte de um dinheiro desviado num esquema de corrupção na prefeitura para financiar campanhas do PT ficasse nas mãos dos envolvidos. "O prefeito conhecia o esquema e sabia que era desviado para caixa 2 do PT, mas em determinado momento descobriu que parte do dinheiro foi usado para enriquecimento dos participantes, inclusive do Sombra, e aí ele se opôs", disse o promotor.

Coincidência?

Numa medida incomum para homenagens, está em regime de urgência na Assembleia Legislativa um projeto da Mesa Executiva da Casa que concede o título de Cidadão Honorário do Paraná ao ministro do STF Ricardo Lewandowski (foto ao lado). Nos bastidores, há quem considere a medida uma forma de a base governista agradar ao ministro, que é relator das ações envolvendo a polêmica cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TC), disputada por Ivan Bonilha e Maurício Requião – respectivamente, aliado e adversário do governador Beto Richa (PSDB).

Cada vez mais perto

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), esteve ontem na Assembleia Legislativa visitando os deputados do PMDB. Na conversa, trataram do eventual apoio peemedebista à candidatura de reeleição de Ducci em detrimento do nome do ex-deputado Rafael Greca. Hoje, inclusive, num evento do PMDB estadual, Greca lançará oficialmente sua pré-candidatura a prefeito da capital. Boa parte dos deputados da legenda, porém, já anunciou um boicote à reunião.

Suspenso 1

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) proibiu, em caráter liminar, a veiculação de um comercial do PDT em que aparece o pré-candidato à prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet. O corregedor do TRE-PR, desembargador Rogério Coelho, considerou que há indícios de "promoção pessoal" e de que a peça seja incompatível com os princípios da propaganda partidária. O PDT informou que já substituiu o comercial vetado.

Suspenso 2

A suspensão da propaganda havia sido pedida pelo PSB, do atual prefeito Luciano Ducci, que deve concorrer à reeleição. O comercial contestado abordava o tema do crack e a segurança pública. Ao fim da peça, Fruet aparece e fala da necessidade da prefeitura atuar para livrar a cidade das drogas. O desembargador considerou que a legislação veda "divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses pessoais ou de outros partidos".

Pinga-fogo

"É compreensível que algumas pessoas que são ligadas a mensaleiros tenham essa postura de querer atacar o procurador-geral e até atacar também ministros do Supremo com aquela afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do Supremo Tribunal Federal."

Roberto Gurgel (foto abaixo), procurador-geral da República, rebatendo críticas que sofreu por não pedir abertura de inquérito para investigar as relações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), como bicheiro Carlinhos Cachoeira

Foto: José Cruz/ABr

Colaboraram: Euclides Lucas Garcia e Felippe Aníbal.

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