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A crise econômica internacional, debatida nesta terça-feira (9) em comissão geral na Câmara, deu argumentos aos governistas contrários à votação da proposta que fixa o piso salarial nacional para os policiais e do projeto que regulamenta os gastos da União, dos Estados e municípios. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que os deputados entenderam o recado dos ministros que participaram do debate, Guido Mantega (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).

"Há uma preocupação do governo com o aumento de gastos em função da crise", afirmou. Maia disse que a mesma preocupação foi manifestada por governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste que estiveram com ele hoje. "Eles disseram que não há condição, no momento, de os Estados absorverem o impacto desses projetos em suas finanças", relatou Maia, referindo-se ao projeto dos policiais, conhecido por PEC 300, e a regulamentação da Emenda 29, a que trata de recursos para a área de saúde.

Marco Maia avaliou que os economistas que participaram da comissão geral - Mailson da Nóbrega e Paulo Rabello de Castro, além dos dois ministros - têm uma visão parecida sobre o padrão da crise internacional e os efeitos dela no Brasil. "A divergência está no remédio a ser receitado", completou.

O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), disse que os ministros cumpriram o papel de desviar o foco da "grave crise ética" que atinge o governo com a série de denúncias de irregularidades nos ministérios. "As irregularidades estão explodindo, são generalizadas e estão aumentando rapidamente", disse Nogueira. "Isso confirma que a presidente Dilma Rousseff, que faz um governo de continuidade, recebeu um abacaxi que não está conseguindo descascar adequadamente", continuou.

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