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O prefeito de Quarto Centenário, Changai,  na porta da prefeitura: ele demitiu 16 comissionados, dentre os quais a esposa, que era secretária de Ação Social. A festa do município também foi cancelada | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
O prefeito de Quarto Centenário, Changai, na porta da prefeitura: ele demitiu 16 comissionados, dentre os quais a esposa, que era secretária de Ação Social. A festa do município também foi cancelada| Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
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O prefeito de Quarto Centenário, Osvaldo Ishikawa "Changai" (PSB), está tentando manter todos os serviços prestados à população – até agora, suspendeu o transporte de universitários às cidades de Campo Mourão e Umuarama.

Changai concentrou a redução de gastos no funcionalismo. Mas, ao tentar driblar a crise financeira, Changai acabou provocando uma crise conjugal. Ele demitiu a esposa, que era secretária de Ação Social, e sobrecarregou o próprio filho, que agora responde por seis secretarias. "Estamos dormindo em camas separadas", diz o prefeito.

Changai fez cortes drásticos nas despesas da prefeitura por conta da redução do FPM e devido a uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TC), que alertou sobre o exagero de gastos com o funcionalismo. Além de demitir 16 funcionários comissionados, Changai cancelou a festa de aniversário da cidade, que aconteceria em 29 de abril e custaria cerca de R$ 50 mil. Ele também suspendeu o vale-alimentação de R$ 100 que era concedido a 150 funcionários. "Matei-me politicamente. Essa degola no quadro de funcionários, infelizmente, vai refletir em outros setores importantes da cidade, como o comércio, mas não tive outra saída", argumenta.

Investimentos

Alguns prefeitos dizem que, apesar da queda na receita, é possível manter alguns investimentos. Na Região Noroeste do Paraná, por exemplo, o planejamento e o corte de gastos supérfluos permite a manutenção de algumas obras.

Em São Jorge do Patrocínio, o prefeito, Cláudio Palozi (PDT), cortou várias atrações da festa de aniversário do município e suspendeu a construção de obras que seriam executadas com recursos próprios. Ele adiou projetos de construção da Câmara Municipal, da Capela Mortuária e do Centro Cultural, mas ainda está tocando a construção de barracões industriais, de uma lavanderia industrial e um complexo para agricultores. Esses investimentos estão sendo mantidos graças à economia feita no fim de 2008. O prefeito reeleito diz que ainda há "gordura para queimar", apesar da crise.

Já o prefeito de Douradina, José Carlos Pedroso (PMDB), o "Cabeção", usa uma técnica que, segundo ele, é infalível para manter a casa em ordem: gastar no mês vigente apenas a receita do mês anterior. Isso gerou uma economia de R$ 800 mil, suficiente para manter as contas em dia e fazer investimentos. O município acaba de comprar três ônibus escolares, adquiridos com recursos próprios, e deve ganhar mais três do governo estadual.

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