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O Grito dos Excluídos, convocado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outros movimentos sociais, chega nesta segunda (7) à 15ª edição com críticas à crise que atinge o Senado. Com a promessa de realizar manifestações em praticamente todo o País, o movimento parece colocar em segundo plano temas tradicionais, como a questão agrária, para protestar contra as irregularidades que cercam o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

"Essa questão da corrupção, que nós acabamos de assistir no Senado, na pessoa de José Sarney, nos atos secretos, e mesmo anos atrás no mensalão, são coisas que a sociedade não pode aceitar de braços cruzados. Fica parecendo para nós da sociedade civil que aquilo ali é um balcão de negócios", diz o membro da coordenação nacional do Grito, Ari Alberti.

Este ano, diz ele, haverá manifestações do Grito em praticamente todo o território nacional. O Acre é o único Estado em que não há previsão de nenhum ato organizado. Nas demais regiões, por outro lado, são esperados eventos nas capitais e também em municípios do interior. Em São Paulo, por exemplo, a maior parte das atenções estarão voltadas ao santuário nacional de Nossa Senhora Aparecida. Mas municípios como Salto e São Gabriel da Cachoeira vão sediar atividades pela primeira vez.

Além da Pastoral Social da CNBB e de outras pastorais, compõem a coordenação nacional do Grito entidades como Cáritas, Movimento dos Sem-Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, entre outros.

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