As crises política e econômica que atingem o país em 2015 apresentam seus reflexos a cada pesquisa de opinião realizada com a população. Os líderes dos principais partidos e que aparecem como potenciais candidatos para eleições majoritárias de 2018 veem seu capital político diminuir de forma acelerada. A rejeição atinge a todos sem distinção (Lula, Aécio, Serra, Alckmin, Marina e Ciro Gomes).
A última pesquisa do Ibope confirma a tendência e apresenta cenários que merecem atenção das agremiações no momento da organização das respectivas estratégias políticas. No levantamento, 55% dos eleitores afirmaram que não votariam em Lula de jeito nenhum. Contudo, a rejeição dos principais candidatos de oposição varia de 47% a 54%, ou seja, números que estão dentro ou próximos à margem de erro, quando comparados com o porcentual do ex-presidente.
Outro indicador que merece atenção na análise é a certeza e a possibilidade de voto nos possíveis candidatos. Na soma das variáveis, a diferença entre os três primeiros é mínima. Aécio tem 42%, Lula 41% e Marina 39%. Os porcentuais demonstram novamente que nenhum candidato, até o momento, capitalizou, de forma significativa, votos com as crises. Ao contrário, pode-se sugerir que a ausência de novas lideranças políticas aproxima as alternativas para os eleitores nas opções de voto e rejeição.
Os números da pesquisa do Ibope demonstram que o cenário eleitoral para presidente de 2018 está totalmente em aberto. As informações sugerem que o sonho da oposição de governar está diretamente ligado a incapacidade de o governo dar respostas concretas às demandas sociais até a próxima eleição. Se as crises política e econômica forem equacionadas, abre-se espaço real para um terceiro mandato do ex-presidente Lula.