Defensor do impeachment ex-presidente Dilma Rousseff, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi alvo de um protesto nesta quinta (1º) enquanto presidia a sessão da Comissão de Educação do Senado.
Estudantes que acompanhavam uma audiência pública sobre o projeto de lei da chamada Escola Sem Partido gritaram palavras de ordem contra o presidente Michel Temer e chamaram Cristovam de “golpista, traidor e vergonha do DF”. Eles também empunharam cartazes com as críticas.
Diante da confusão, o senador foi obrigado a encerrar a audiência antes do seu fim. Após o ocorrido, ele afirmou que não se sentiu agredido pelos alunos mas ficou incomodado com as reações. Ele explicou ainda que os alunos começaram a se manifestar impedindo que os convidados continuassem a falar.
“Comecei a ouvir o grito de ‘golpista’. E eu fiquei nove anos fora do Brasil para não conviver com golpista e não quero que ninguém conviva com golpista. Como eles achavam que ali a mesa estava sendo coordenada por um golpista, em homenagem a eles, já que eles não têm coragem de se exilarem como eu fiz, preferi sair e suspender a sessão”, disse.
O senador também explicou que chamou os manifestantes para ficarem com os cartazes atrás dele de modo que as câmeras de televisão pudessem vê-los.
Cristovam foi ministro da Educação do governo Lula mas rompeu relações com o PT e com o ex-presidente depois de ter sido demitido do cargo por telefone. Ele é relator do projeto na comissão mas discorda de seu mérito. Para ele, os professores devem ter liberdade de ensino.
“Tenho até a impressão de que fui mais doutrinado por colegas do que por professores. Tem tanta influência hoje, muito mais do que a atuação só do professor”, disse.
Senador e deputado pró-impeachment são hostilizados em Aracaju
Eles foram chamados de “golpistas”, xingados e tiveram ovos atirados em sua direção. O deputado recebeu um tapa nas costas
- Estadão Conteúdo
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) e o deputado federal Jony Marcos (PRB-SE) foram agredidos na madrugada desta quinta-feira (1º), quando desembarcavam no Aeroporto de Aracaju, vindos de Brasília. Eles foram chamados de “golpistas”, xingados e tiveram ovos atirados em sua direção. O deputado Jony Marcos recebeu um tapa nas costas. As agressões foram postadas nas redes sociais pelos próprios manifestantes.
De acordo com o senador, que no final da manhã desta quinta diz ter prestado queixa na Polícia Federal (PF), cerca de 20 pessoas estavam no saguão do aeroporto quando ele se aproximou e foi recebido com gritos. A maioria dos manifestantes estava vestida com camisas vermelhas.
No entendimento de Amorim, as pessoas são livres para votarem como quiserem e essa vontade tem que ser respeitada. “Quando isso não acontece, é tirania”, diz.
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