Aliados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, classificaram como "desnecessárias" as críticas de colegas do DEM que ontem usaram a tribuna da Câmara dos Deputados para atacar a ideia de criação do Partido Democrático Brasileiro (PDB), legenda que deve abrigar o prefeito e aliados após deixarem o DEM. "Não precisava ter esse tipo de colocação. Isso serve mais para fechar portas e traçar destinos", avaliou o deputado federal Guilherme Campos (DEM-SP), aliado próximo de Kassab.
Ontem, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que a saída de Kassab do DEM para criar um novo partido tem o objetivo de receber benefícios do governo federal. "Aí vem o PDB, o partido da boquinha, para pegar uma teta gorda do governo federal", atacou Lorenzoni. "Montar um partido como meio de passagem, como uma janela indiscreta, aí é lamentável", emendou o líder do DEM, deputado ACM Neto (BA).
O prefeito não quis responder às críticas, mas a aliados próximos disse que as manifestações eram desnecessárias. "Kassab não vai ganhar nada respondendo, só vai alimentar o clima de briga", avaliou Campos. "O importante é que o material (documentação para a criação do PDB) está praticamente pronto e sob a supervisão dele", disse um assessor.
Como o prefeito vem articulando a criação de um novo partido para, no futuro, fundi-lo a outra legenda - possivelmente o PSB -, especula-se que a movimentação política de Kassab possa atrair não só filiados do DEM como políticos de outros partidos.
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