Na primeira entrevista que concedeu após ser confirmado como ministro da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) negou ter sido escolhido para aproximar os evangélicos do governo ou para assegurar o apoio do pré-candidato de seu partido à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, ao candidato do PT, Fernando Haddad, em um eventual segundo turno da disputa. "Sou indicado do PRB e não da bancada evangélica", alegou.

CARREGANDO :)

Sobre Russomanno, o senador lembrou que ele lidera as pesquisas de opinião em São Paulo e que em nenhum momento o seu nome foi aventado nas conversas que teve com a presidente Dilma Rousseff. Crivella disse que se surpreendeu ao receber o convite para ocupar a pasta no final de semana. E que a conversa entre ambos se limitou a "questões técnicas".

"A presidente disse que o setor da pesca envolve milhões de brasileiros, sobretudo pessoas humildes e que ela gostaria que no ministério eu trabalhasse como trabalhei nos 10 anos na África", contou. O senador Marcelo Crivella é sobrinho do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e do bispo Romildo Ribeiro Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus. Ele tem sido um dos mais fiéis aliados do governo no Senado.

Publicidade

Crivella reconheceu que não está entrosado com a pesca no país. "Confesso que vou ter de aprender e aprender muito", disse. Se depender de seus esforços, disse que gostaria de transformar a área em um setor inovador, a exemplo do que ocorre hoje com as inovações na agricultura patrocinadas pela Embrapa. "Acho que nós devíamos ter uma Embrapa na pesca", defendeu. O senador acredita que a presidente Dilma Rousseff escolheu o seu nome em homenagem ao "povo fluminense".