Outubro de 2010
O então governador Orlando Pessuti (PMDB, foto) envia à Assembleia projeto instituindo a Defensoria no Paraná, conforme exigiu a Constituição de 1988.
A bancada de oposição na época, que hoje compõe a base de apoio do governador Beto Richa na Casa, decide segurar a tramitação da proposta. Segundo eles, o novo governo precisa conhecer melhor o projeto eo impacto da medida no orçamento do estado.
Novembro de 2010
Com um pedido de vista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Traiano impede que o projeto seja apreciado. Ele diz que vai se valer do regimento para evitar a votação de atos que elevem os gastos públicos em 2011. Em resposta, o tucano é acusado de estar barrando a aprovação da proposta para que Richa e não Pessuti fique para a história como o criador da Defensoria Pública no Paraná.
Deputados aliados a Richa esvaziam a CCJ que, por falta de quórum, é impedida de apreciar a matéria. Horas depois, ao fim da sessão plenária, a proposta é aprovada em uma reunião extraordinária da comissão.
Dezembro de 2010
Por meio de um acordo entre as bancadas de governo e oposição, a proposta de implantação da Defensoria é aprovada em primeira discussão. Pelo entendimento, porém, as demais votações só ocorrerão em 2011.
Fevereiro de 2011
A pedido do novo governo, o projeto é devolvido ao Executivo.
No início da nova legislatura, Traiano (foto) afirma que a Secretaria da Justiça está revendo o projeto.
Março de 2010
Integrantes do movimento Defensoria Já marcham até o Palácio das Araucárias, sede do governo estadual, cobrando a implantação da Defensoria.
A Secretaria da Justiça apresenta ao MP e à OAB a primeira versão do novo projeto de criação da Defensoria. Considerada igual à proposta de Pessuti, a matéria recebe críticas da oposição, uma vez que, ao elaborar um novo projeto, o governo Richa retomou todo o trâmite dentro da Assembleia. Assim, a nova proposta terá de passar por todas as comissões antes de ir a plenário.
Fonte: Redação.