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Eduardo Cunha, presidente da Câmara. | UESLEI MARCELINO/REUTERS
Eduardo Cunha, presidente da Câmara.| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “sonegar” do STF (Supremo Tribunal Federal) informações sobre a coleta de provas e fases das investigações contra o peemedebista no inquérito que apura sua suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.

A manifestação foi enviada ao Supremo pela defesa do deputado.

Delator diz que Cunha pediu propina de US$ 5 milhões

O consultor Júlio Camargo afirma que foi pressionado pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar US$ 10 milhões em propinas. Segundo Camargo, Cunha pediu US$ 5 milhões pessoalmente a ele.

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Os advogados pedem para ter acesso aos dois depoimentos e a eventuais provas produzidas com auxílio do lobista Julio Camargo, que citou o pagamento de propina de US$ 5 milhões ao peemedebista.

Segundo o ex-procurador-geral da República e advogado de Cunha Antonio Fernando de Souza, Camargo já estaria colaborando com o Ministério Público Federal sobre a ligação do parlamentar com o escândalo há quatro ou cinco meses, e não foi feita referência a isso no processo.

“O senhor Júlio Camargo revelou, na ilegal audiência realizada em 16 de julho de 2015, que já havia prestado dois depoimentos a representantes da Procuradoria Geral da República em Brasília, levados a efeito, aproximadamente, em março/abril e maio/junho, bem como também os teria auxiliado na realização de diligências. No entanto, e não se sabe por qual motivo, tais depoimentos, mesmo prestados há quatro ou cinco meses, não foram juntados aos presentes autos”, diz a manifestação.

Para a defesa, Janot esconde informações inclusive do STF. “Atos investigativos conduzidos pelo órgão máximo do Ministério Público Federal estão sendo sonegados tanto à defesa do requerente como, especialmente, ao Supremo Tribunal Federal, órgão responsável por fiscalizar a legalidade dos atos realizados pelas autoridades policiais e do Ministério Público, especialmente quando se trata de inquérito judicial”.

O caso será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos inquéritos que investigam a participação de políticos com os desvios na estatal.

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