Em reunião na manhã desta terça-feira (13) com os principais líderes da oposição, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que adiou para a semana que vem a decisão sobre autorizar ou arquivar o principal pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A medida tem por objetivo aguardar um aditamento ao pedido original -assinado pelo ex-petista Hélio Bicudo e pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior – a ser feito ainda nesta terça pela oposição.
Neste adendo, os partidos adversários de Dilma vão apresentar documentos para tentar provar que as chamadas “pedaladas fiscais”, que levaram à recomendação da rejeição das contas de 2014 de Dilma pelo Tribunal de Contas da União (TCU), continuaram em 2015.
Cunha vinha afirmando que não daria sequência a pedido de impeachment baseado em supostas irregularidades de mandatos anteriores de Dilma.
O acerto entre o peemedebista e a oposição mostra que as duas partes continuam agindo de forma casada nos bastidores, apesar das acusações que pesam contra Cunha na Operação Lava Jato. A oposição chegou a soltar uma nota pedindo o afastamento do presidente da Câmara, mas os termos foram acertados previamente entre ele e os líderes do partidos adversários de Dilma.