Eduardo Cunha conversa com o deputado Antonio Imbassahy na CPI da Petrobras| Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

No momento em que o presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), anunciava a indicação da multinacional Kroll para investigar crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, os membros da comissão foram surpreendidos com a chegada do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Cunha disse que foi à comissão em virtude das informações de que seu nome estaria na lista dos envolvidos na Operação Lava Jato. “Este parlamentar faz questão e está à disposição para prestar esclarecimentos à CPI”, disse o presidente, lembrando que sempre apoiou publicamente a criação da comissão. “CPI é o foro em que será debatido de verdade tudo o que está acontecendo”, reforçou.

O presidente da Câmara entrou no plenário da comissão quando os ânimos estavam menos exaltados e Motta indicava a Kroll, uma das maiores empresas de auditoria e investigação mundial, que já atuou em casos como o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, para colaborar com a CPI.

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Subrelatorias

Minutos antes, Motta havia dito aos partidos que não abriria mão da indicação das subrelatorias. PT, PPS e PSOL reclamaram que não foram consultados sobre o acordo para a criação da divisão.

A primeira sub-relatoria vai investigar superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil e ficará sob responsabilidade do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ); a segunda, a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o fim de praticar atos ilícitos, sob comando de Bruno Covas (PSDB-SP); a terceira, o superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda, sob responsabilidade de Arnaldo Faria de Sá (PP-SP); e a última vai apurar irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África e será comandada por André Moura (PSC-SE).