Presidente da Câmara diz que governistas tiveram uma “derrota vergonhosa” na votação da reforma política| Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou o Twitter neste domingo (31) para criticar os 61 parlamentares que questionam a segunda votação da emenda que permite a doação de empresas a partidos. No sábado, os parlamentares recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação da emenda constitucional.

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Renan diz que buscará convergência sobre reforma política

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que promoverá uma discussão no Senado para rever os pontos da reforma política que são passíveis de convergência entre os senadores.

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A ação com pedido de liminar alega que a votação feriu o processo legislativo ao analisar uma proposta derrotada pelo plenário no dia anterior. O mandado é assinado por parlamentares de PT, PSB, Pros, PPS, PCdoB e PSol.

“Acho muito engraçado comprarem versão de grupo contrariado com a derrota de plenário de que houve manobra de votação da minha parte”, escreveu Cunha. Segundo ele, havia quatro emendas e se votou a de maior conteúdo primeiro, a de financiamento público e privado com pessoa jurídica para partido e pessoa física para candidato. Ela foi aprovada e as demais não foram votadas.

“Se nenhuma emenda fosse aprovada, restaria o texto original do relator que precisaria ser votado. A questão de ordem estava correta. Aceitei a questão de ordem e reclamaram. Só que nem se chegou a isso, pois a primeira foi aprovada com 330 votos favoráveis. Ou seja, a polêmica é choro de quem não teve os votos para rejeitar uma proposta diferente da rejeitada”, escreveu Cunha em três posts.

O presidente da Câmara disse ainda que os deputados que recorreram ao STF tiveram uma “derrota vergonhosa” e querem “alimentar a polêmica”. “O problema é que aqueles que defendiam reforma política, defendiam lista fechada e financiamento público, tiveram uma derrota vergonhosa”, disse. “Quanto a ir ao STF, isso é só para alimentar na mídia a polêmica.”