O vice-presidente da República assinou uma nota oficial neste sábado a respeito dos depósitos na conta do partido| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Fotos Públicas

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), citou um pagamento de R$ 5 milhões de reais feito pelo dono da empreiteira OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, ao vice-presidente da República, Michel Temer, em uma troca de mensagens por celular investigada no âmbito da operação Lava Jato, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo neste sábado.

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Com base na conversa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu indícios de que Temer, presidente do PMDB, recebeu o dinheiro de Pinheiro, que já foi condenado por envolvimento no esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, de acordo com o jornal.

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Cunha teria cobrado Pinheiro por ter pago o valor de uma única vez a Temer e adiado compromissos com outras pessoas, de acordo com acusação enviada por Janot ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, disse a Folha.

Em nota oficial da Vice-Presidência nesta sábado, Temer disse que o PMDB recebeu um montante total de R$ 5,2 milhões em doações da construtora OAS, que foram declaradas nas prestações de contas do partido entregues ao Tribunal Superior Eleitoral.

“Houve depósitos na conta do partido e a devida prestação de contas ao tribunal. Tudo já comprovado por meio de documentos. A simples consulta às contas do PMDB poderia ter dirimido qualquer dúvida que, por acaso, pudesse ser levantada sobre o assunto”, disse a nota assinada por Temer.