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A proposta de CPI autorizada restringe as apurações entre o período de 2005 e 2015. O ex-presidente FHC não será investigado. | José Cruz/ABR
A proposta de CPI autorizada restringe as apurações entre o período de 2005 e 2015. O ex-presidente FHC não será investigado.| Foto: José Cruz/ABR

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou na tarde desta segunda-feira, 2, que não permitirá que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras investigue possíveis irregularidades durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O peemedebista disse que é um “regimentalista” e que a proposta de CPI autorizada restringe as apurações entre o período de 2005 e 2015. “A ementa que está lá tem de ser cumprida”, defendeu.

O PT gostaria que a CPI também se estendesse aos contratos da Petrobras no governo tucano, uma vez que o ex-gerente da estatal Pedro Barusco confessou que recebia propina da SBM Offshore desde 1997. Cunha ressaltou que o regimento não permite alteração da ementa. “Se quiserem fazer um CPI diferente do que está lá, tem de fazer outro requerimento de CPI”, avisou.

Turbulência

Às vésperas da divulgação dos nomes dos políticos implicados na Operação Lava Jato, Cunha afirmou que não espera um período de “turbulências” no cenário dos próximos meses. Hoje, o ministro da Defesa, o petista Jaques Wagner, afirmou que o pedido de investigação de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras causará “turbulência” no momento em que o País precisa de “calma e tranquilidade”. “Não acredito, não. Até porque o fato de propor inquérito não significa que está se culpando ninguém, vai se dar o beneplácito da defesa. Não vejo turbulência. Quantos inquéritos no Supremo estão em tramitação?”, opinou. Para o peemedebista, a democracia brasileira está avançada e as instituições saberão “se defender de qualquer tipo de turbulência”.

Sobre a possibilidade de envolvimento de deputados, o peemedebista informou que já pediu que as lideranças partidárias indiquem até a próxima quarta-feira, 4, os membros que farão parte do Conselho de Ética da Câmara. Neste colegiado tramitam as representações de quebra de decoro contra os parlamentares. A ideia é instalar o Conselho até a próxima semana. Em sua opinião, a divulgação da lista de políticos não criará dificuldades para o andamento dos trabalhos na Casa.

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