O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, reagiu nesta segunda-feira (10) ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e disse à reportagem que o deputado cobrou três vezes que a AGU pedisse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que fossem invalidadas as provas coletadas na Câmara contra o peemedebista.

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“Eu tomei as providências após os pedidos do presidente da Câmara, como é dever da AGU. Foi a Câmara que pediu, foi Cunha quem pediu”, disse Adams.

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Segundo Adams, o primeiro pedido foi feito em maio, após a ação, pela diretoria da Câmara. O segundo ocorreu no dia 10 de julho pelo procurador da Câmara, que solicitou que a AGU fosse ao STF.

O terceiro foi nesta sexta-feira por Cunha, após a AGU assinar pedido da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) para anular a aprovação pela Câmara de três contas de presidentes.

Adams disse que conversou com Cunha por telefone na sexta-feira (7). O presidente da Câmara estava em Manaus e reclamou da adesão da AGU ao pedido de Rose. Segundo o AGU, Cunha aproveitou a ligação para cobrar porque a AGU ainda não havia entrado com pedido no STF sobre as provas na Câmara após três meses. “Depois que conversei com ele fui ver o que tinha ocorrido e a AGU foi ao STF”.

À reportagem, mais cedo, Cunha atacou a AGU e disse que quer tirar a advocacia da defesa da Câmara. Ele disse “estranhar” a demora da AGU para entrar com o pedido em “defesa da Câmara” no STF.

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