O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira que preferiu não colocar em votação na sessão dessa terça (16) o requerimento de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), para não parecer retaliação. O peemedebista ressaltou, contudo, que o pedido será colocado em votação, “só não sei se na sessão de hoje”.
Líderes do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade apresentaram requerimento de convocação de Marcelo Castro para, oficialmente, prestar esclarecimentos no plenário da Câmara sobre as ações e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, zika e febre chikungunya.
- PMDB elege Picciani, derrota Cunha e amplia pressão por seu afastamento
- Vídeo: Ministro da Saúde é alvo de ’mosquitaço’ antes de eleição do líder do PMDB na Câmara
Opositores admitem, contudo, que o verdadeiro objetivo era tentar constranger o ministro e, dessa forma, inibi-lo a deixar o cargo temporariamente para apoiar a recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Casa. Candidato preferido do Planalto, Picciani foi reeleito nesta quarta-feira por 37 votos a 30, derrotando Hugo Motta (PB), que era apoiado por Cunha.
-
Com baixa produtividade e pautas “emperradas”, Câmara empurra projetos para o 2°semestre
-
Quem são os principais alvos de Lula além de Bolsonaro
-
Quais são os próximos passos da reforma tributária; ouça o podcast
-
Crise econômica, caos dentro do partido: como os conservadores britânicos perderam o poder após 14 anos