O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta quarta-feira (11) que o PMDB tenha apresentado como demanda ao Planalto a saída do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) da articulação política do governo e minimizou o papel do petista nas tratativas.
A Folha de S.Paulo revelou nesta quarta que Dilma disse a pelo menos dois interlocutores que está decidida a retirar Mercadante de missões na área da articulação política de seu governo, mas não manifestou intenção de tirá-lo do posto de comando da Casa Civil. Nesta área, a avaliação da presidente sobre o desempenho do ministro é positiva.
Dilma vem sendo pressionada por aliados e pelo ex-presidente a promover uma pequena reforma ministerial imediatamente, mesmo tendo decorrido pouco mais de dois meses de seu segundo mandato. Fortalecer a articulação política e dar mais poder ao PMDB são os principais motivos da possível mudança.
Questionado sobre a retirada de Mercadante das negociações políticas, Cunha rebateu com outra pergunta: “Mercadante está na articulação política? Não sabia”, disse. E completou: “O ministro pode até participar eventualmente... Mas não tenho crítica nenhuma ao ministro. Isso não é demanda que está sendo colocada por nós”.
No início da noite, o ex-presidente Lula negou que tenha feito críticas ao ministro. A Secretaria de Imprensa da Presidência divulgou nota oficial em que nega rumores de que Dilma poderia tirar Mercadante da chefia da Casa Civil. “Não corresponde à verdade o rumor de que a presidenta Dilma Rousseff tenha recebido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sugestão de mudança na chefia da Casa Civil. O ministro Aloizio Mercadante tem total confiança da presidenta e seguirá cumprindo suas funções à frente da Casa Civil”, diz a íntegra da nota.
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