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Na terça, parlamentares não chegaram a consenso sobre a questão. | Luis  Macedo/Câmara dos Deputados
Na terça, parlamentares não chegaram a consenso sobre a questão.| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Após ser condecorado em cerimônia do dia do Exército, onde esteve ao lado da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que, “sem dúvida”, o projeto de terceirização será votado na próxima quarta-feira, dia 22, e que, se não houver consenso, o voto resolverá a questão. “Você tem um projeto que está sendo debatido há 11 anos e tem um debate de cunho ideológico que, de uma certa forma, contamina o processo, isso é natural”, declarou.

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Ele lembrou ainda que, em relação às questões relativas à arrecadação, que estão sendo negociadas com o governo, “estão mais ou menos acertadas e acabarão acertando até o momento”. Cunha reconheceu que “foi melhor criar o ambiente” para que se vote depois na quarta-feira da semana que vem.

Questionado se haverá mais mudanças no texto da terceirização, o presidente da Câmara, respondeu: “o instrumento da emenda aglutinativa permite apresentar (mudança). Não controlo esse processo, é de origem dos parlamentares. Seja qual for a proposta que vier, será decidido na quarta-feira”, declarou. E emendou: “Hoje eu estava brincando que, se a gente tiver consenso, ótimo. Mas o voto resolve dissenso. Então não dá para achar que todas as matérias têm que ser de consenso. Se fosse assim, não precisava ter parlamento. Então, a gente tem que buscar na medida do possível combinar, e o voto resolver”, afirmou.

Sobre a indicação de Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo, Eduardo Cunha salientou que ele “é um quadro excepcional”. E completou: “então, para nós, é sempre uma honra e orgulho. Não tenho que considerar vitória nem derrota. É um orgulho para qualquer governo poder ter o Henrique no seu ministério”.

Eduardo Cunha e a presidente Dilma Rousseff trocaram beijinhos na chegada, mas ambos não conseguiram conversar na cerimônia.

Dilma condecora desafetos políticos

Agência o Globo

Em cerimônia de celebração ao Dia do Exército, realizada em Brasília, a presidente Dilma Rousseff entregou medalhas de condecoração a alguns dos seus principais desafetos políticos. Dilma colocou medalha no peito do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que tem liderado o Congresso em sucessivas derrotas do governo, e também homenageou o senador oposicionista Ronaldo Caiado (DEM-GO), que pede a renúncia da presidente. Além deles, Dilma prestou homenagem ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e outras autoridades.

Em sua mensagem em homenagem ao Dia do Exército, Dilma afirmou que atualmente as Forças Armadas contam com a confiança dos brasileiros. Dilma citou ações dos militares para socorrer vítimas de calamidades e executar obras. E disse que tudo isso é feito em respeito aos preceitos constitucionais.

— O Exército de hoje tem a confiança dos brasileiros. Conquistou essa confiança e o orgulho de nossa população com sua presença parceira em ações importantes, como o atendimento a cidadãos vítimas de calamidades, a coordenação da distribuição de água no semiárido nordestino, a execução de obras em variadas regiões de nosso território e em operações de garantia da lei e da ordem, executadas sempre segundo os preceitos constitucionais — disse.

Postada ao lado do ministro da Defesa, Jaques Wagner, Dilma teve sua mensagem lida por uma militar, seguindo o rito da cerimônia. A presidente afirmou que o Exército sabe da necessidade de se modernizar e que está comprometido com projetos que levarão o Brasil à era do conhecimento.

— Apto a manter seus valores tradicionais, é uma instituição que entende a necessidade de modernizar-se. Está engajada em grandes projetos que a levarão da era industrial para a do conhecimento, dotando o Brasil de capacidade dissuasória condizente com nossa posição estratégica no cenário internacional — disse.

Ex-integrantes da equipe de Dilma, Arno Agustin (ex-secretário do Tesouro), Gleisi Hoffman (ex-ministra da Casa Civil) e Ideli Salvatti (ex-ministra de Direitos Humanos) também estavam na lista dos condecorados.

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