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Eduardo Cunha foi ovacionado em SP durante evento da Força Sindical. | Moacyr Lopes Júnior/Folhapress
Eduardo Cunha foi ovacionado em SP durante evento da Força Sindical.| Foto: Moacyr Lopes Júnior/Folhapress

O presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha (PMDB) está na manhã desta sexta-feira (21) no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, onde um evento se tornou um ato de desagravo a ele e também de manifestações pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cunha chegou a pé e foi recebido com ares de celebridade por dezenas de manifestantes da Força Sindical, vestidos com coletes laranjas e com bandeiras da entidade. O evento havia sido marcado há duas semanas, com objetivo de discutir a apreciação de vetos da presidente Dilma Rousseff a chamadas pautas-bomba, como a extensão da regra de reajuste do salário mínimo a aposentadorias.

A aglomeração em torno de Cunha gerou empurra-empurra e houve gritos de “Cunha é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo” e de “Cunha, guerreiro do povo brasileiro”. Vários manifestantes também tiraram selfie com o presidente da Câmara.

Denúncia pede aumento de pena a Cunha por cometer ‘ato de ofício’ em troca de propina

A denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral Rodrigo Janot aponta que os requerimentos apresentados pela então deputada Solange Almeida para ameaçar o consultor Julio Camargo em 2011 como a prova de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) cometeu o chamado ‘ato de ofício’ em troca de propina.

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O apoio a Cunha vem um dia depois de ele ter sido denunciado ao STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha chegou acompanhado do deputado Paulinho da Força, seu aliado e um dos principais líderes da Força Sindical.

A sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo tem faixas falando de pautas trabalhistas e também exaltando Cunha, associando-o à defesa dos trabalhadores. Cartazes colocados dos dois lados do palco do auditório do sindicato trazem a foto do parlamentar com os dizeres “Câmara, a Casa do trabalhador” e uma lista de projetos aprovados sob a gestão Cunha neste ano. São eles, segundo o cartaz, o fim do fator previdenciário, mudanças nas MPs do ajuste fiscal, aumento para os aposentados, PEC das domésticas, valorização do salário mínimo e correção do FGTS.

Na entrada do sindicato há um grande banner de protesto pela retenção do adiantamento da parcela do 13º de aposentados. No banner, são alvo de crítica a presidente Dilma e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Carlos Gabas (Previdência). O material diz que cada um já recebeu em julho adiantamentos de mais de R$ 15 mil referentes ao 13º salário, enquanto aposentados que receberiam adiantamento de R$ 394 não tiveram direito ao benefício.

Depois de ser denunciado ontem, Cunha emitiu nota reafirmando sua inocência e dizendo que foi “escolhido” para ser o primeiro denunciado da lista de Rodrigo Janot, reiterando assim sua argumentação de estar sendo perseguido pelo Planalto.

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