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“Não foi coincidência que Cunha tenha decidido acolher o impeachment no momento em que deputados do PT decidiram votar favoravelmente à sua cassação no Conselho de Ética. Foi uma chantagem explícita, mas Cunha escreveu certo por linhas tortas”, afirmou o jurista. | /
“Não foi coincidência que Cunha tenha decidido acolher o impeachment no momento em que deputados do PT decidiram votar favoravelmente à sua cassação no Conselho de Ética. Foi uma chantagem explícita, mas Cunha escreveu certo por linhas tortas”, afirmou o jurista.| Foto: /

Um dos autores do principal pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acolhido nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o jurista Miguel Reale Junior, ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, disse à reportagem que o peemedebista “escreveu certo por linhas tortas”.

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“Não foi coincidência que Cunha tenha decidido acolher o impeachment no momento em que deputados do PT decidiram votar favoravelmente à sua cassação no Conselho de Ética. Foi uma chantagem explícita, mas Cunha escreveu certo por linhas tortas”, afirmou o jurista.

Obrigação

Autor do principal pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Hélio Bicudo disse à reportagem que o peemedebista “não fez nada mais que sua obrigação”. “Eu já não esperava mais que isso acontecesse e estava pensando sobre quais providências poderíamos tomar para não passar em branco. Mas o Cunha, enfim, despachou. Ele não fez mais do que a obrigação”, afirma.

Bicudo assinou o pedido em conjunto com os juristas Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal. Depois de apresentarem uma primeira versão considerada frágil pelos técnicos da Casa, o trio elaborou um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e incluiu as chamadas “pedaladas fiscais” (prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária) realizadas em 2015.

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