O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evitou comentar, nesta terça-feira, 10, a versão apresentada pelo economista Felipe Diniz sobre o depósito de 1,3 milhão de francos suíços em sua conta bancária no país europeu. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o filho do ex-deputado Fernando Diniz contrariou a defesa de Cunha.

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“Quando falei com vocês na sexta-feira, estava com a cópia e já mostrei para todos vocês. Não tenho nenhuma preocupação. Mas volto a dizer: este assunto volta para o campo do advogado”, respondeu. “Não vou ficar, a cada dia que acontecer um movimento, este movimento virar comentário. Não vou comentar. Isso aí, que se apure, se esclareça as contradições no devido processo legal”, desconversou.

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Felipe Diniz negou que tenha ordenado o depósito em um fundo na Suíça que tem Cunha como “usufrutuário”. À PGR, o filho do ex-parlamentar confirmou, em depoimento prestado no dia 20 de outubro, que seu pai mantinha uma relação próxima a Cunha, mas disse desconhecer a existência de qualquer empréstimo.

Cunha alegou que o montante foi depositado “à sua revelia” em 2011 pelo lobista João Henriques, que era ligado ao PMDB e foi preso na Operação Lava Jato. O presidente da Câmara disse suspeitar que o depósito referia-se ao pagamento de um empréstimo feito por ele ao ex-deputado Fernando Diniz, do PMDB, morto em 2009.