O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que na última sexta-feira (17) anunciou que está rompido com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), participa nesta segunda-feira (20) de almoço com líderes do seu partido, a convite da Associação de Emissoras de Rádio e TV do Rio de Janeiro (AERJ). O deputado não quis falar com a imprensa ao chegar ao restaurante, na zona sul do Rio. Também estão presentes o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, pai de Leonardo.
Tanto Leonardo quanto Jorge Picciani classificaram de “açodamento” a posição do deputado J arbas Vasconcelos (PMDB-PE), que defende que Cunha se afaste da presidência da Câmara enquanto durarem as investigações sobre possível envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
“É um posicionamento individual, me parece açodamento. Ninguém pode ter condenação antecipada. O presidente Eduardo Cunha deve ter resguardado seu direito de defesa”, afirmou o líder do PMDB. Leonardo Picciani repetiu as palavras de Cunha, durante o fim de semana, de que o rompimento com o governo é uma decisão pessoal e não terá influência na condução dos trabalhos legislativos quando terminar o recesso da Câmara, na primeira semana de agosto.
Jorge Picciani defendeu que seja convocado o Conselho Político do PMDB, formado por parlamentares, governadores e presidentes regionais do partido, para discutir a crise.
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