O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sugeriu nesta segunda-feira (23) ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a mesma saída proposta meses atrás pelo tucano à presidente Dilma Rousseff. FH disse que o peemedebista deveria renunciar se “tivesse visão de Brasil”. “O presidente da Câmara não tem mais condições morais e politicas de continuar exercendo o cargo. Se ele tivesse um pouco mais de visão de Brasil ele renunciaria”, afirmou Fernando Henrique.
O líder tucano, que participou de um seminário do PSDB em São Paulo, deixou claro que não acredita na permanência de Cunha à frente da Câmara. “Não tendo [visão de Brasil] ele vai ter que ser renunciado”.
O senador e presidente do PSDB Aécio Neves disse que o partido analisa com outras legendas que medida tomarão para afastar Cunha da direção da Câmara. “Se será uma ação junto à Procuradoria Geral da República ou se será obstrução das votações, as nossas lideranças estão discutindo”, afirmou Aécio.
FH e Aécio almoçam juntos nesta tarde na capital paulista.
‘Eu não irei participar de acordo’, reforça petista
Um dos três petistas que integram o Conselho de Ética da Câmara disse nesta segunda-feira que votará pela admissibilidade do processo por quebra decoro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Léo de Brito (PT-AC), que viajou a Rio Branco na quinta-feira passada, quando o colegiado deveria analisar o caso, afirmou que não participará de acordo para salvar o peemedebista. “Eu não irei participar de acordo algum. Votarei esta semana pela admissibilidade do processo”, afirmou.
O deputado disse ainda que não foi chamado para participar da reunião no Palácio do Planalto na noite de hoje, prevista para acalmar os petistas que reagiram contra o apoio prestado pelo PT a Cunha no Conselho de Ética na semana passada.
Para Léo de Brito, o presidente da Câmara não irá retaliar o governo com o impeachment se os deputados petistas não o ajudarem a escapar da cassação no colegiado.
O petista criticou ainda o colega de partido, senador Jorge Viana (PT-AC), que disse ao jornal O Globo ter estranhado as faltas dos deputados do PT no Conselho de Ética.
“Causa-me estranheza e perplexidade as declarações do Senador Jorge Viana. Ele é uma das poucas pessoas com quem conversei sobre o caso Eduardo Cunha, uma demonstração de respeito, confiança e lealdade. Sabe que vou votar pela admissibilidade. Sabe que haveria reunião do Conselho de Ética e que haveria pedido de vistas, portanto, não haveria votação. Sabe que fui ao Acre na mesma agenda do ministro do Turismo que ele participou, pré-agendada desde o início da semana”, afirmou.
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