Diante da repercussão da notícia de que discutiu com aliados uma forma de fazer avançar um processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou “com veemência” ser o responsável por arquitetar qualquer plano contra o mandato da petista. “Isso não corresponde à verdade. Não há da minha parte nenhum tipo de plano de dar curso a um processo de impeachment da forma como foi colocada pela imprensa.”
Segundo Cunha, o que houve no jantar foi um questionamento a ele sobre qual seria o rito de eventual pedido de impedimento. O peemedebista afirmou não se lembrar de quem fez a pergunta, que teria ocorrido em uma rodinha de conversa informal. “[Alguém] perguntou como é o procedimento. O procedimento é regimental. Qualquer despacho que eu der cabe recurso, que vai ao plenário”, afirmou, acrescentando que se aterá à Constituição e ao Regimento da Câmara nesse tema.
Pela lei, cabe a Cunha definir se os pedidos de impeachment apresentados – foram 12 até agora no segundo mandato – têm fundamento para prosseguir. No cenário discutido, Cunha rejeitaria dar sequência aos pedidos, mas algum deputado aliado recorreria de sua decisão ao plenário, o que é permitido pelo Regimento Interno da Câmara. Com isso, a decisão seria tomada pela maioria simples dos presentes.