Os advogados dos presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediram que o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, esteja presente em futuros depoimentos do delator Julio Camargo, executivo ligado à Toyo Setal.
O documento, a que a reportagem teve acesso, é uma reação às notícias de que o acordo de delação premiada de Camargo com a força-tarefa da operação que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras pode ser anulado.
O motivo seria porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desconfia que o executivo possa ter mentido em seus depoimentos para proteger Cunha.
Na petição, protocolada nesta segunda-feira (25), os advogados de Cunha requerem que o procurador seja notificado para que informe data, local e participantes de eventuais reuniões e oitivas já realizadas com Camargo no âmbito do Ministério Público.
No documento, a defesa pede ainda que “eventuais futuras reuniões ou oitivas sejam feitas perante Vossa Excelência, sendo a defesa do peticionante intimada para se fazer presente ao ato”.
O doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento no começo do ano, em parte de seu acordo de delação premiada, que o executivo foi pressionado por Cunha a pagar propina a ele e a outros políticos do PMDB. Camargo, no entanto, negou as informações aos investigadores.
Para a defesa, há pressão da Procuradoria para que Camargo corrobore o depoimento de Alberto Youssef.
“Talvez ciente da absoluta inconsistência de suas suposições em face do peticionante, o procurador-geral da República, ao que parece, lançou-se em verdadeira cruzada para tentar confirmar, de toda forma, a sua linha de investigação”, diz o texto.
Cunha e Janot estão em pé de guerra desde que o peemedebista virou alvo de inquérito na Operação Lava Jato. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria e aceito pelo STF.
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
PEC contra jornada 6×1 supera assinaturas necessárias para iniciar tramitação na Câmara
Musk promete “máxima transparência” à frente de departamento no governo Trump
Itaipu e Petrobras destinam R$ 33,5 milhões para Janjapalooza e eventos do G20
Deixe sua opinião