BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, se recusou mais uma vez a comentar sobre contas secretas na Suíça bloqueadas pelo governo suíço por suspeita de lavagem de dinheiro. Segundo disse nesta quinta-feira ao GLOBO uma fonte que acompanha o caso de perto, autoridades da Suíça bloquearam US$ 2,4 milhões, o equivalente a R$ 9,6 milhões, em contas de Cunha e de familiares dele.
Os extratos com o registro do saldo nas contas foram enviados pelo Ministério Público suíço e chegaram ontem à tarde na Procuradoria-Geral da República. Caberá agora ao procurador-geral Rodrigo Janot decidir se pede abertura de um novo inquérito ou se apresenta nova denúncia contra o presidente da Câmara.
— Não vou falar, é a mesma posição. Falará meu advogado. O que tinha que falar me expressei por nota. O assunto para mim é exatamente o mesmo. Cada hora sai uma coisa diferente, variações do mesmo tema, contraditórias uma com a outra. Vamos deixar que aconteça aquilo que é um fato e, a partir do fato, meus advogados falam — disse o presidente.
Os jornalistas insistiram, perguntando que se a confirmação dada pelo Ministério Público da Suíça (em relação à existência e bloqueio de contas de Cunha) era mentira, e Cunha respondeu:
— Não sei, não conheço. Só quando eu for notificado, posso falar. Se eu for notificado, quando for notificado, no conteúdo que tiver, os advogados vão falar.
Sobre a decisão anunciada pelo PSOL de entrar contra ele, por quebra de decoro, no Conselho de Ética da Câmara, Cunha reagiu:
— Problema nenhum, que entrem.
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