Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que desembocaram na prisão de 50 pessoas na semana que passou, um grupo de auditores, contadores e empresários facilitava a sonegação de impostos mediante pagamentos de propina.
O esquema ocorreria na Receita Estadual do Paraná desde 1985 e teria sido mantido em todos os governos desde então.
O Gaeco estima que o esquema movimentou R$ 38,4 milhões em propina apenas em 2014, e considerando somente três delegacias da Receita (Curitiba, Londrina e Maringá). A mesma situação seria replicada em outras 15 cidades do estado. Entre as pessoas que tiveram mandado de prisão decretado aparecem diretores, coordenadores e inspetores. Muitos deles faziam parte da cúpula do Fisco Estadual durante a primeira gestão do governador Beto Richa (PSDB). Luiz Abi Antoun, parente de Richa, se entregou na quinta-feira (11). Ele é apontado pelo Gaeco como “eminência parda” do governo estadual e “chefe político” do esquema. O governador nega irregularidades e diz que o governo estadual é “o maior interessado” no andamento da apuração. (AA)
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