Mudanças
Veja o que a prefeitura de Curitiba pretende implantar ainda em 2014 dentro da Matriz de Inovação do Novo Plano Diretor :
Criação de uma nova estrutura de governança linear, que integre universidades, empresas privadas e poder público no desenvolvimento de novos produtos de tecnologia, criando uma rede de inovação.
Criação de ambientes de inovação que envolvam incubadoras e aceleradoras de novos negócios.
Implantação de uma metodologia própria de criação, manutenção e aconselhamento de empreendedores, criando um selo para que um projeto seja adequado à estratégia de inovação da rede.
Para lançar oficialmente uma nova política de inovação, a prefeitura de Curitiba realizará no dia 15 de agosto − próxima sexta-feira − o 3.º Seminário Curitiba do Amanhã. O evento irá discutir os principais desafios da capital, em preparação para as próximas audiências públicas marcadas para a revisão do Plano Diretor da cidade.
Na ocasião, será divulgada a criação de uma matriz de inovação dentro do Plano Diretor é a primeira vez que o tema entra na discussão. Já entre os dias 27 de setembro e 4 de outubro será realizada a segunda edição do Hackathon Curitiba, uma maratona de programação que busca desenvolver a aplicação tecnológica na cidade com a criação de aplicativos que visam melhorar a vida da população com base nos dados disponibilizados pela prefeitura.
Nesse evento, o município deve lançar um novo modelo de gestão, baseado em uma nova estrutura de governança. Em vez de uma estrutura piramidal, a intenção é investir em uma estrutura multi-institucional, na qual há uma linearidade nas decisões e mais transparência nas ações governamentais, além de uma nova visão de negócios na busca de integrar poder público, inovadores, empresas privadas e membros da academia.
Transparência
Para o assessor de inovação da Secretaria de Tecnologia da prefeitura de Curitiba, José Maria Pugas Filho, a mudança de estrutura influencia na forma como a cidade é administrada. De acordo com ele, o poder público tem dificuldade na busca de interação com o cidadão, o que deve ser mudado. "Grande parte dos governos acha que a abertura para o cidadão é responder quando ele pergunta alguma coisa. O que nós queremos é uma cocriação na forma de fazer política", afirmou. "Por isso nós estamos abrindo tudo, não há mais segredos."
Já o superintendente da Secretaria de Tecnologia, Luiz Carlos de Almeida Oliveira, afirma que o modelo de tecnologia da prefeitura permitiu uma evolução nos seus processos. Segundo ele, por meio de alguns mecanismos como os Dados Abertos, que disponibilizam pela internet documentos informações e dados governamentais para livre utilização da sociedade , a administração consegue incentivar não só a transparência, mas também um mercado de novas iniciativas. "A partir da reunião desses agentes, os benefícios voltam em serviços para a própria comunidade", explica.
Para Oliveira, a integração é importante uma vez que o poder público nem sempre tem condições de avaliar as necessidades pontuais da população com relação à tecnologia. "Nessa questão de tecnologia, a iniciativa privada usa a tecnologia de uma forma muito diferente da iniciativa pública", diz.
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