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Beto e Ducci apostam na repetição da dobradinha

Candidato natural à reeleição e considerado favorito até mesmo pelos adversários, o prefeito Beto Richa (PSDB) se nega a dizer se estará ou não na disputa como candidato. "Não sofro de ansiedade", afirma. "Estou na segunda metade de minha administração e estamos executando 350 obras. Nos primeiros dois anos foram 1.500 obras em Curitiba. Não posso desviar minha energia e esse debate é extemporâneo."

Mas mesmo sem dizer se é candidato à reeleição, Richa admite que esse seria um caminho natural. E ao seu lado continuaria Luciano Ducci (PSDB) como candidato a vice-prefeito. "O Ducci é companheiro, leal e nos respeitamos muito. Ele participa de todas as decisões da prefeitura", garantiu o prefeito.

Chapa pura

Com essa garantia, Ducci admite, assim como o colega de chapa, ser natural a repetição da dobradinha. "Não vejo problema em uma disputa de chapa pura, com candidato e vice do mesmo partido. As últimas eleições foram assim. Roberto Requião e Orlando Pessuti, os dois do PMDB. E Jaime Lerner e Emília Bellinatti, que eram do PDT e depois do PFL. E todos os partidos sabem que a vaga de vice é uma só, não há vários vices".

Segundo Ducci, o que importa mesmo é que a administração dele e de Richa está no rumo certo. "Temos como exemplos o Eixo Metropolitano, as melhorias no transporte coletivo e agora, em março, a substituição do sistema de saúde 24 horas pela urgência e emergência, quando haverá mini-hospitais com internação", revelou, admitindo que há muita gente querendo seu lugar. "Mas não tenho visto programas dos outros".

Faltando 20 meses para a eleição que decidirá o novo prefeito de Curitiba já há seis nomes postos como pré-candidatos à vaga que hoje está nas mãos de Beto Richa (PSDB). Além desses, no entanto, há vários outros pretendentes dispostos a entrar na disputa. Em princípio, já começaram um debate sobre a sucessão na capital paranaense Rubens Bueno (PPS), Fábio Camargo (PTB), Marcelo Almeida (PMDB), Ratinho Júnior (PSC), Gleisi Hoffman (PT) e o próprio Richa.

O nome mais forte no embate contra Richa é o da petista Gleisi Hoffmann, que se cacifou à disputa após fazer 45% dos votos dos paranaenses na eleição para o Senado em 2006. Um dos motivos que a coloca em destaque é o fato de as mulheres estarem conquistando o poder mundo afora. Há Michelle Bachelet, na Presidência do Chile, Angela Merkel como primeira-ministra da Alemanha, Nancy Pelosi, que é a mais nova presidente do Congresso nos EUA e a primeira mulher na função, e, ainda nos EUA, a senadora Hillary Clinton, que deve disputar a Presidência. Por aqui, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é provável candidata do PT à sucessão presidencial.

"Sou um dos nomes e não posso ficar fora dessa discussão. Estou à disposição do meu partido", afirmou ela, deixando claro que o franco-favorito é Richa. "Mas as mulheres representam o novo e há uma mega-tendência para nós, que estamos em ascensão".

Quem também se coloca como um pré-candidato é o peemedebista Marcelo Almeida. Mas antes de efetivar seu nome, ele quer consolidação do partido. "Temos de mostrar a cara e o partido precisa se consolidar. Todos os possíveis candidatos do PMDB à disputa não tiveram votações que os cacifem para uma eleição para prefeito de Curitiba", disse o novo secretário estadual de Obras Públicas, que quer focar seu trabalho de secretário na capital do estado.

Ratinho Júnior também se põe na lista de pré-candidatos para Curitiba. Tanto que filiou-se ao PSC, que lhe deu moral para preparar o terreno. "Fiz 53 mil votos em Curitiba para deputado federal. Perdi apenas para o Gustavo Fruet (PSDB), que teve o apoio do Beto Richa, e para o Ângelo Vanhoni (PT) que já disputou o cargo de prefeito duas vezes".

Já Fábio Camargo e Rubens Bueno são mais cautelosos ao comentar o assunto. "Minha filiação ao PTB foi com a missão de viabilizar uma candidatura própria para Curitiba. Estarei próximo da população e das lideranças nos bairros", afirmou o petebista, admitindo que, com esse trabalho, seu nome é o primeiro dentro do partido para a vaga. "O PPS terá candidato próprio e vamos preparar um nome. Mas antes, temos de ouvir os cidadãos", disse Bueno. Também estão cotados para entrar na luta eleitoral o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures, também peemedebista e "afilhado" político de Requião.

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