Pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo PT, o deputado estadual Tadeu Veneri não se ilude que terá vida fácil se confirmar seu nome na disputa. Num momento partidário turbulento do PT, ele afirma que a legenda precisa reconhecer os próprios erros e se reconstruir, com o objetivo de melhorar a vida da população. Evitando críticas diretas à gestão Gustavo Fruet (PDT), na qual o PT ocupa a vice, o parlamentar diz que o pedetista e nenhum outro prefeito anterior enfrentou de frente o poder econômico que controla a cidade. Veneri defende ainda que, com poucos recursos no orçamento municipal, a prioridade deve ser atender os mais carentes.
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Tadeu Veneri abre a série com os pré-candidatos a prefeito de Curitiba
Leia a matéria completaPrimeiro a participar da série de entrevistas da Gazeta do Povo com os pré-candidatos a prefeito da capital, Veneri reconheceu que o PT enfrenta um “momento desconfortável” em meio à Operação Lava Jato. Por isso, ele declarou que há dois caminhos aos petistas: a reconstrução da legenda ou a desfiliação. “E eu não pretendo sair. Há pessoas que acreditam que ainda é possível fazer um partido com princípios éticos para melhorar a vida da população”, disse. “Não podemos nos vitimizar, mas o PT não pode ser olhado com único culpado por tudo de ruim no país.”
Veneri também foi taxativo ao comentar a “ambiguidade” da relação do partido com Fruet. Segundo ele, a partir do momento em que ficar definida a candidatura própria para a eleição de outubro, petistas que ocupem cargos comissionados na prefeitura terão de optar entre ficar com o cargo ou com a legenda. “O que não dá é ficar com um pé em cada canoa.”
O parlamentar também externou descontentamento em relação a questões municipais sensíveis que Fruet deixou de enfrentar desde 2013, sobretudo o transporte coletivo. A crítica se estendeu aos prefeitos que antecederam o pedetista. “Nenhum deles foi capaz de mexer na questão do lixo, no transporte público e na questão imobiliária. É um tripé de grupos que coordenam a vida da cidade”, afirmou. “Para governar a cidade, no mínimo você tem que repactuar [com esses setores], ou você pode até ganhar a eleição, mas não fará nada diferente. Curitiba não pode continuar sendo uma cidade com grandes ilhas de prosperidade.”
Para Veneri, a capital é uma “cidade segregada”, que afasta os mais carentes para a periferia e os municípios da região metropolitana. Ele defendeu que a prefeitura deve governar priorizando justamente essas pessoas. “Essas situações de escola, creche, hospital, transporte coletivo são áreas prioritárias de qualquer prefeitura. Se elas não forem olhadas assim, nós vamos ter sempre esses problemas. É uma equação que nem sempre fecha. Se os recursos são poucos, a gente tem que priorizar aqueles que precisam mais.”
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