A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) informaram, por meio de suas assessorias de imprensa, não terem manifestações marcadas para Curitiba no domingo (13), dia em que haverá protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em todo o país. A Polícia Militar confirmou não ter recebido, até a noite desta quinta-feira (10), pedido destes ou de qualquer outro grupo pedido para a realização de manifestações de rua em apoio à petista.
As três informações se contrapõem ao estado de alerta da Polícia Federal, que vinha monitorando o risco de violência caso grupos pró e contra impeachment tivessem manifestações de rua no mesmo dia. A CUT até chegou a programar atos para o domingo em todas as capitais pelos “direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás, da democracia e da reforma política”. Em Curitiba, o ato seria na Praça Santos Andrade, três horas depois do protesto fora Dilma marcado para o mesmo local. O comando nacional da Central, porém, determinou que os diretórios estaduais remarcassem os atos para 18 e 31 de março. A medida foi seguida pelo diretório paranaense.
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Leia a matéria completaEmbora não haja registro oficial de manifestações em favor do governo neste domingo, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que, se houver possibilidade de confronto entre protestantes, as polícias estão preparadas para intervir. A Secretaria monitorará a manifestação por meio do Centro Integrado de Comando e Controle, que será o cérebro operacional das polícias Civil e Militar durante o protesto, para garantir a segurança de quem for às ruas.
O Centro recebe durante 24 horas a imagem de mil câmeras de videomonitoramento espalhadas pela cidade. Portanto, poderá vigiar qualquer episódio de confronto entre manifestantes pró e contra governo. O Centro também funciona como um gabinete de gestão de crise e toda decisão estratégica tanto das polícias como dos integrantes da Sesp é tomada em conjunto no local. Funcionou assim na Copa do Mundo em 2014 e no dia 29 de abril do ano passado, durante as manifestações dos servidores públicos contra o pacote de mudanças na Paraná Previdência.
A pasta prevê que cerca de 15 mil pessoas compareçam ao protesto no próximo domingo. O número é baseado nos eventos registrados nas redes sociais. Os grupos que organizam o ato pelo impeachment estimam até 100 mil pessoas nas ruas.
Orientações
O movimento Vem Pra Rua de Curitiba disse que também deverá emitir uma lista de orientações aos manifestantes. Patrícia Mascarenha, uma das organizadoras do movimento na capital, disse que as indicações seguem o padrão adotado em todo o país.
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Leia a matéria completa“São cuidados, orientações do que se deve ou não fazer alinhadas com o que definimos já com a polícia durante reunião para organizar o esquema de segurança”, explica Patrícia. Na lista, estão pontos como: não usar camisetas ou bandeiras partidárias; não usar máscaras (se levar, usá-las na parte de trás da cabeça); evitar levar objetos como sombrinhas e guarda-chuvas; e levar água somente em garrafa de plástico.
Em casos de início de tumulto, o movimento orienta que as cenas sejam filmadas, e que as imagens sejam entregues à organização do evento ou à polícia. Eles também pedem para que, em caso de ameaça, não haja revide.
Protestos
Os protestos deste domingo ocorrem em diversas cidades do país, em comemoração ao primeiro aniversário da manifestação que os grupos anti-PT consideram histórica – realizada em várias capitais brasileiras ao mesmo tempo, no dia 15 de março do ano passado.
Os movimentos participantes pedem o fim do governo de Dilma Rousseff (PT), o fim da corrupção e apoiam as investigações da Lava Jato conduzidas pela Polícia Federal e, especialmente, pelo juiz Sergio Moro. A mais nova bandeira dos movimentos é impedir uma possível nomeação de Lula ao cargo de ministro.
No Paraná, outras 11 cidades têm manifestações marcadas para a data. Em Curitiba, a concentração do protesto deste domingo está marcada para as 14 horas, na Praça Santos Andrade, Centro de Curitiba. O trajeto da manifestação será da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, passando pela Rua Marechal Deodoro.
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