A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não irão ao Palácio do Planalto reunir-se com o presidente interino Michel Temer e outras centrais sindicais. Para negociar reforma da Previdência, Temer também convidou centrais que já haviam se reunido com ele há três semanas, quando ainda não havia assumido a Presidência. A reunião está marcada para hoje às 15h.
“A CUT não reconhece golpistas como governantes. Por isso, não irá à reunião”, diz nota da Central Única dos Trabalhadores, que exige a volta de Dilma ao Planalto.
A CTB justifica a recusa falando em “traição à classe trabalhadora”, e chamando o governo interino de “golpista”. “Diante de evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, disse Adilson Araújo, presidente da central.
Tanto a CTB quanto a CUT são ligadas ao PT e ao PC do B.
No último dia 26, Temer havia chamado ao Palácio do Jaburu os presidentes da Central Sindical Brasileira, da Nova Central Sindical de Trabalhadores, da Força Sindical, e União Geral dos Trabalhadores. Um dia antes, movimentos sociais -- entre eles, a CUT -- estavam no Planalto com a então presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, fora da agenda oficial.
“Precipitado, inadequado e extremamente desrespeitoso com a presidenta Dilma. Fechado o processo do golpe, cada um que se reúna. Mas antes é desrespeitoso”, declarou Vagner Freitas à época.