Dois políticos paranaenses estão especialmente interessados no resultado das eleições para o governo do estado. Eles não concorrem a nenhum cargo eletivo, mas como atuais suplentes de Flávio Arns (PT) e Osmar Dias (PDT), podem virar senadores em 2007, se um dos dois candidatos for eleito governador. Danimar Cristina (PDT), suplente de Arns, e Jorge Bernardi (PDT), de Osmar, podem seguir do parlamento municipal diretamente para o Congresso Nacional.

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Ao montar a chapa para o Senado, os partidos e coligações devem indicar um titular e dois suplentes. Os suplentes geralmente são formados por partidos diferentes do candidato ao Senado, mas que integram a aliança eleitoral.

Para Jorge Bernardi (PDT), vereador em Curitiba, sua indicação como suplente do senador Osmar Dias, nas eleições de 2002, foi "coisa do destino", inclusive com um episódio trágico. Na época, várias lideranças foram convidadas para ocupar a segunda suplência, mas não aceitaram. "Acredito que consideraram desprestigiadas. Quando o senador me convidou, me senti honrado. Ele disse que queria prestigiar os vereadores e o PDT histórico", diz Bernardi, que tem 20 anos de partido.

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O primeiro suplente, o empresário José Carlos Gomes de Carvalho, morreu em 2003 e Bernardi subiu para a primeira suplência. "Pode parecer demagogia da minha parte, mas estou feliz porque o Paraná tem um excelente candidato e independentemente da vantagem pessoal que posso vir a ter, farei campanha com muito entusiasmo", diz o vereador, que foi designado pelo partido para ser o representante do PDT junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Bernardi disputou 11 eleições seguidas – nove pelo PDT –, mas desta vez não está na disputa. Segundo ele, muitos conhecidos o param na rua para dizer que votarão em Osmar com a intenção de colocá-lo no Senado. Se for para Brasília, o vereador afirma que lutará pela implantação do voto distrital misto.

A suplente de Flávio Arns, Danimar Cristina – ex-vereadora de São José dos Pinhais – disse que ainda não pensou no assunto. Compôs a chapa em 2002 pelo PL, mas sequer cogitou disputar outra eleição. "Fizemos bastante campanha em 2002. Acredito muito no Flávio Arns. Mas não pensei na possibilidade de assumir a vaga no Senado ainda", diz Danimar.

Ela foi vereadora de São José dos Pinhais entre 2000 e 2004 pelo PL. Aos 50 anos, tem 30 de atuação política nos bairros carentes de Curitiba e região metropolitana. É contabilista aposentada e há três anos entrou na faculdade de Direito. "Meu estudo está voltado para me especializar na questão social, na defesa dos mais pobres", diz.

Além do trabalho nos bairros, Danimar Cristina é assessora do deputado estadual Edson Praczyk (PL). "Não quero que me chamem de senadora. Deus tem seus planos e está no comando. Se Ele assim quiser, vou enfrentar", disse ela, que é freqüentadora da Igreja Universal do Reino de Deus.

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